tag:blogger.com,1999:blog-87648883082368524382024-03-07T22:30:25.328-08:00Semblante Vazio(des) Construindo um espaçoAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-6675010458805979352012-07-30T17:21:00.001-07:002012-07-30T17:21:31.203-07:00Escarro da NoiteDeitou-se defronte ao meu corpo nu, como quem guardava em seu íntimo, algo a ser revelado. O som que se ouvia era apenas o silvo do vento ao longe. O ladrar caía mudo aos meus ouvidos. Nem o ronronar cá ardia. Venerei-a pelos segundos que corriam com seu bafo à minha face. E os segundos iam, e iam. Nada, cá, se instalava. Tudo ia, mudava, transformava; ao bel-prazer de quem, perguntaram-me. E queAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-28559841218806650742012-07-27T19:17:00.001-07:002012-07-27T19:17:37.304-07:00Aos russos, ausento-me. De minha pequenez, sonolência ao leito Repouso, cofiando a metafísica. Essa que deveras dana-me a narração que empobreço. Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-82825296540784524682012-03-31T16:34:00.001-07:002012-04-01T06:36:51.151-07:00Outono MeuO vinho a meia taça Vivaldi em seu outono O frio que adentra pela janela entreaberta, descortinada Faz que a escuridão traga luz às miúdas palavras que escrevo. Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-79695578594675069562012-03-09T12:03:00.001-08:002012-03-09T12:10:43.157-08:00Infinda vaguidãoDizem vir de Sócrates a máxima "Sei que nada sei" Desconfio. Pode até ser Mas nada afirmo. Ando em dívida comigo mesmo Co`a leitura co`a boa conversa Tenho lido pouco proseado menos Leio o que até então consigo     Leio na medida do possível     Mas sempre recobro além Há em mim no meu íntimo Uma voz que latejaAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-91818019329280742492012-02-24T18:24:00.001-08:002012-02-24T18:24:22.993-08:00(des)graçaO uísque tá no fim e ainda são 23:35 há um filme para ser visto e uma (má) drugada sem chuva Finda garrafa! ela se vai como se vai o amor. O amor se vai na primeira hora do dia junto aos 20 ou 30 putos que tinha no bolso que se dane! isso é o raiar de um dia que sucumbe pois a desgraça tem de dar sua graça e os putrefatosAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-31598370809023856822012-01-30T14:09:00.001-08:002012-01-30T14:09:19.650-08:00Ao teu regaçoPeço-lhe, Ei de me ver cá enfermo ao leito, de sofreguidão comprimi o peito Que afaga-me de teu febril ventre ó menina, abraça-me Como ao sol abraça a terra; O sertanejo ao seu sertão Abraça-me, ó menina, abraça-me... Ó menina, aconchega-me em teu regaço Tens-me em teus trêmulos lábios Úmidos que cá mo vejo, enamorado Beije-me, antes que Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-42239665363513619282012-01-23T14:40:00.001-08:002012-01-23T14:40:30.662-08:00Ao mármoreFiz-me em alguns passos, um maltrapilho. De barbas amarelados pelo fumo, tenho cá uma tez enrugada pela velhice. Clamo: tens-me por completo, oh! Ócio. Eu, que aporto-me em sofreguidão deveras, calo-me, já trêmulo, diante de ti, fúnebre ventre! Não peço, se não o que vedes: eviscera-me! Deita-me no gélido mármore e beija-me. Lambe-me, e infesta-me. De teu sexo traga-me espasmos, e dor, e dor, Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-79964936808440825512012-01-13T11:52:00.001-08:002012-01-14T09:48:31.839-08:00O Vagante Desculpe-me, moça, por partir sem avisar-te Sem avisar partir sem te ver sem tocar-te, afagar-te em meu peito. Desculpe-me, moça! Desculpe-me, moça, por partir sem avisar-te E ter-me na estrada, vagante como que se tem os navios sem portos a mercê do acaso, do improvável do incerto, do imprestável Desculpe-me, moça! Sou errante, e ter-me visto noutra Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-85583612265757224972011-12-06T13:55:00.001-08:002011-12-06T13:55:12.414-08:00o Balbucio Atrevo-me à alcova entrar E do vinho à gosto madeira, de tão ruim, bebericar Atrevo-me ao boteco passar E da cerveja barata, vendida a contragosto, balbuciar Atrevo-me ao prostíbulo minha existência ter E com meu órgão se atrevendo em algum cavidade, estar Atrevo-me à igreja, vagar E dos ditos do padre, que ao vento são levadas à exaustão, Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-15999125125919366092011-12-03T16:59:00.001-08:002011-12-03T16:59:51.029-08:00O Vil Ah, como deve ser... Ah! Sou vil em palavras, em olhares Não há doçura em meus gestos Não há carinho ao te afagar Apenas a afogo em lágrimas Em desejos reprimidos Sou vil... Sou vil e isso me faz ainda mais Dos vis há o Eu-Vil A mim... nada Nem vil, nem o Eu... nada! Sou vil que merece novas linhas Novos olhares, talvez nem a isso Não Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-26393773678034867672011-11-07T15:50:00.000-08:002011-11-07T16:00:26.440-08:00Às duas da tardeSe tem o pau na buceta buceta molhadinha da noviça rebelde à revelia Fode-me!     Fode-me! e a fodo ó god! ela solta de um sotaque carregado            mas quem se importa?! Em mim, há unhas cravadas Rasga-me a carne Sangue e mais sangue   &#Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-47211965009250640292011-11-04T15:18:00.001-07:002011-11-04T15:27:14.218-07:006:35 do vermelhidão, que aurora trás és fosca nesta manhã sem vida assim a vejo, não mais me seduz teu perfume ao gorjeio, hoje, sou surdo enquanto que à dor, sou mudo visceralmente, mudo... e ao amor Ah! sou um delírio Pois sou o errante que fora afagado mas pela insolência tardou a ama-la a vejo como vagante que aos braços doutro vaiAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-70894333279732536812011-10-27T08:58:00.001-07:002011-10-27T09:03:19.053-07:00Não tenho nada em mãos Não tenho nada em mãos nenhum truque nas mangas não anseio nada e nem algo espero            nem quero, muito obrigado! Não tenho nada em mãos tenho mãos vazias que se apertam na desesperança que tudo me causa tudo me leva, tudo já não mais me convém muito obrigado! Não tenho nada em mãos nem ao peitoAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-35589634191782656952011-10-25T11:38:00.001-07:002011-10-25T11:38:54.340-07:00AO Ventre dos meus dias risonhos dias em que eu esse que ao nada acompanha farei dores e das dores o meu anoitecer não mais              quieto nem estorvo serei mas     a mim a cada         amanhecer eu próprio,Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-83883201257813376002011-10-23T01:41:00.001-07:002011-10-23T01:41:17.393-07:00Alvorada em seus olhos que ausentes estão o sóbrio que outrora assisti em meio ao negro do meio-dia temo que não mais verei em ti da sofreguidão que jaz me causa eu que ao encosto, me apoio tenho o peito ardido, latejando lacrimejando enquanto ti, repousa canta-me! encanta-me novamente com a velha canção de ninar, onde até aos anjos caídos, se enobreceAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-91147763722125821542011-10-21T04:35:00.001-07:002011-10-21T04:40:45.165-07:00Repousar e do balbuciar que no verbo se vê eu esse que da dúvida se têm ao peito, manchado e não mais sadio diz ser o que do altar recitam (não digo ser tudo acalme-se!) mas nada que exclusivo possa ser desses que de santos se passam e que não os vejo como tal nem como tal Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-89823976260224443672011-10-15T15:34:00.001-07:002011-10-15T15:49:00.718-07:00Ao Nevoeiro de um amanhecer e o que farei, quando não mais negra será? quando não mais do bafo terei? o véu quando não mais do véu de cetim, a encobrir? e do sorriso amarelo, ter? o que farei? o que terei? quando não mais a noite envolver os meus dias? quando da manhã cheia de vida estiver? quando do campo reluzir o rosadoAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-91026996064687116882011-10-14T20:25:00.001-07:002011-10-14T20:28:55.949-07:00Outubro no Entardecer contra o meu peito ferrenho pesadelo que me devora e devora e devora não mais quieto como outrora agora aos saltos a bebericar do veneno que brota das incertezas das dúvidas do medo recita os versos oh! fúnebre devoção onde foi me largar me abandonar maldição      Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-3352431582759370662011-10-13T15:24:00.001-07:002011-10-13T15:24:27.016-07:00Cantamos a poesia e recitamos a melodia e o que na canção fazemos, nesta manhã nebulosa, em que empunhamos o violão e afinamos as cordas o timbre está perfeito então dedilhamos e dedilhamos saltamos de cordas em cordas, solfejando todos os acordes se a melodia veio primeiro então recitamos recitamos a melodia ah melodia! e se primeiro veio a poesiaAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-11982436349656067872011-10-13T09:19:00.001-07:002011-10-13T19:31:49.539-07:00A Angustia E o sol que assola o solo e enche de vida onde a morte perpetua seca a lágrima que escorre da ferida aberta na carne chagas, cancro sífilis, gonorreia o abraço quente eviscera-me a dor o sofrimento Ah! o sangue esse que já não mais infla minhas veias agora apenas a sânie Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-62710603254433915432011-10-12T12:27:00.000-07:002011-10-13T12:28:27.553-07:00Sou um Velhoeu sou um velho cardíaco amanheci com o pinto enrijecido mas isso deve ter sido o viagra imagino o esperma ainda escorre no lençol branco que encobre o sexo da moça deitada e roncando o cigarro o coito o gozo o orgasmo o sorriso o suspiro a morte que me espera ao lado sentadaAugustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-24580279042602474362011-10-12T12:12:00.000-07:002011-10-13T12:26:35.461-07:00um chá ou um cappuccinoparei um dia para escrever um mal eu fiz me pergunto hoje sou e o que sou não é o que serei o amanhã não vêm as dores nunca somem as estrelas caem mortas no abismo a morte reluz hoje, em meu quintal com um chá ou um cappuccino quem dera! os amantes que prometem aqueles pontos Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-4554274658578930922011-10-12T08:16:00.000-07:002011-10-13T12:24:50.097-07:00Onde vai, querida?e o que fazes acordada, querida? estive a ti olhar seu semblante por toda madrugada se contorcia sim, estive aqui sentado neste sofá que ao seu lado esta e você gemia e gemia de dores, eu insinuei mas eu não sabia o que fazes acordada, querida? pela manhã nunca a vi assim me pediu um copo d`água, o Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-88406398269109869692011-10-11T17:37:00.000-07:002011-10-13T12:18:18.098-07:00diante a janela do quarto ao quarto embriagadoe o que temos para o anoitecer que agora temos? sentado na cabeceira de uma cama estou a olhar, distante pel a janela entreaberta, a neg ritude da noite que se cala pois o sol se pôs e não há mais luz, a vida se foi e ag ora apenas alguns moribun dos se atrevem a perambu lar pelas esquinas, embriag ados como sempre a vomi tar como de Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8764888308236852438.post-4931569102110762962011-10-09T20:10:00.000-07:002011-10-13T12:15:28.625-07:00do cárcere aquela inocência que em seus olhos se prendiam hoje se vê encarcerada abaixo do medo que se impregnou em seus olhos e do olhar infectou depois que no altar pisou Augustus Solfierihttp://www.blogger.com/profile/18185905567837599285noreply@blogger.com0