terça-feira, 11 de outubro de 2011

diante a janela do quarto ao quarto embriagado

e o que temos para o anoitecer
que agora temos? sentado
na cabeceira de uma cama
estou a olhar, distante pel
a janela entreaberta, a neg
ritude da noite que se cala
pois o sol se pôs e não há
mais luz, a vida se foi e ag
ora apenas alguns moribun
dos se atrevem a perambu
lar pelas esquinas, embriag
ados como sempre a vomi
tar como de praxe e a canta
rolar cantigas irritantes e m
edonhas desafinadas com
o de praxe, junto a alguns ai
nda sóbrios pois tinham ac
abados de chegar e espera
vam ansiosos pela dose qu
e jaz demorava a chegar e
eu ali, no meu canto, sem graç
a cogitando a hipótese de mai
s um livro iniciar, então que o
telefone toca e meu nome
ouço chamar. Digo alô e
do outro lado, alguém diz m
eu nome. Digo não, mas iss
o não adianta. Estava já ven
cido pelo tédio e apenas d
ormir queria. Mas não. Ouç
o novamente meu nome. S
aio a porta e estão a me esp
erar. Tomo meu banho e t
ento vencer o desanimo. E
venco. Acho que sim. Agora
pelo centro converso, com
alguns amigos o papo flui.
partimos para a festa mas
não antes de bebidas com
prar.Mais tarde um maço
de cigarro antes de chegar
a festa. É longe, caminhamos
E caminhamos. No dia, anteri
or, um homem havia esfaque
ado a mãe e a filha. Chego a
casa. Não conheço. Nem sei
de quem é. Me sento. Algu
mas cervejas e alguns pedaço
s de carne como. E mais cerve
jas. Na tevê rola um show. N
ão tão alto como se espera
mas pelo menos rola algo
e mais cerveja. Alguma conv
ersa e mais cerveja. Saio a rua
o tom da conversa dos demais
havia aumentado. Todos em
punho, tinha uma lata e outr
os, creio ser pinga ou cachaça
em seus copos. Na rua um ami
go inicia, O Corvo até a última
linha, recita se perde no final, mas
o brilho ainda continua. E veio
mais outra poesia e depois
tinha começado uma outra, mas
voltamos para dentro da casa
o som ainda rolava. peguei o
violão que ali, encostado, do
lado de uma cadeira vazia
havia. Agora em meu colo, come
ço, arranho algumas notas
tento acompanhar a canção
que vinha da tevê daquele
show que rolava. A noite foi
indo, os vômitos foram che
gando e mais vômitos e mais
alguns outros vômitos, apenas
rimos e rimos. Caminhamos
de volta, até a casa de alguém
chegar. vazia, a estrada estava
vazia, nenhum`alma viva havia
a lua mais próxima estava
tão linda como de praxe
a boca seca, o beiço grudava
nos dentes, a garganta seca
e seca. água era o que mais querí
amos. Risadas, tropeços, risa
das, tropeços, risadas…
enfim, chegamos
na cama deitamos
na cama ficamos
e o amanhecer logo veio
e mais um dia
infelizmente
surgia

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