e o que farei,
quando não mais
negra será?
quando não mais do bafo
terei?
o véu
quando não mais do véu
de cetim, a encobrir?
e do sorriso amarelo, ter?
o que farei?
o que terei?
quando não mais
a noite
envolver os meus dias?
quando da manhã
cheia de vida
estiver?
quando do campo reluzir
o rosado
das rosas?
quando do perfume
exalado
haver?
oh céus!
o que farei?
o que terei?
o que serei?
o que irá de ser
desse que
se perderá
se embriagará
e não mais lutará
contra o que ao peito
se alastrará?
se alastrará
igual ao fogo
que no capim
seco, do sertão
do campo, se vê
e da ânsia
a faminta ânsia
que devora
e faz vitimas
que desdenha de quem
e como
e como escravo
assim irá me ter
o que será?
oh céus!
o que irá ser
de mim?
O que será que será, que dá dentro do peito que não devia, que desacata a gente que rebelia... Eicha, o que será que acontece com a guria, pareceu uma moça escrevendo, gostei disso, foi intencional ou não?
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