terça-feira, 25 de outubro de 2011

AO Ventre

voar

dos meus dias
risonhos dias
em que eu
esse que ao
nada
acompanha
farei dores
e das dores
o meu anoitecer

não mais
             quieto
nem estorvo
serei
mas
    a mim
a cada
        amanhecer
eu próprio,
cavando
enquanto
eles
de doces
se entopem
se fartam
          me matam

e se vão
e
eu
   junto
aos pássaros
que voam
ao longe
me embrenho

me embrenho
no ventre
pútrido
       onde
graças!
enfim
       me abraçará

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