domingo, 9 de outubro de 2011

Na Cidade Vazia

Na cidade vazia

O vento sopra inquieto

Folhas secas rolam ao vento

Ratos roem fadigados

A sola do pé do lazarento

Na cidade vazia

Não há muro, nem escola

Só há a igreja e seu velório

Na cidade vazia

Não há polícia, nem milícia

Não há política, nem sandice

Não há noite, nem o dia

Nessa cidade vazia…

Na cidade vazia

Não há fronteira, nem estado

Nem néscio, convém chama-lo

Aquele pobre solitário

Que ao centro

Acaba de ser inocentado

Na cidade vazia

Não se ouvem gritos

Nem sussurros

Nem múrmuros

Atrás daqueles muros

Na cidade vazia

Vazia ela não é

Nem cidade é

Na cidade vazia

Utópica deve ser

Contraditória também

Na cidade vazia

Saltam-se,

Festejam-se,

Amam-se,

Todos

Reaprendo a viver

Na cidade vazia

Na cidade vazia

Assim deve ser…

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