do vermelhidão, que aurora trás
és fosca nesta manhã
sem vida assim a vejo,
não mais me seduz teu perfume
ao gorjeio, hoje, sou surdo
enquanto que à dor, sou mudo
visceralmente, mudo...
e ao amor
Ah! sou um delírio
Pois sou o errante
que fora afagado
mas pela insolência
tardou a ama-la
a vejo como vagante
que aos braços doutro vai
doutro que a fará feliz
pois eu, um incorruptível asno
sou
um incorruptível asno
que não a mereço ao ventre
hoje sofro e solfejo minha dor
tenho a melodia composta em lágrimas
cifrada em escoriações
acordes são purgados
desce o sangue enquanto o coro,
entoado pela danação, ao pé de minha cova,
cantarola a fúnebre canção
Ah, paixão!
que em ti fraquejei
Veja-me!
tenho a garganta em nó
falta-me o que antes já nem tinha,
palavras são oprimidas
Adormeço em pleno alvoroço
pois o espirito não mais há
nesse ser que a nebulosidade
domina.
Ah, paixão!
tenho por mim, e disso sei, como um falecido
onde o abutre, já faz ronda… e a horas…
Isso que é literalmente afundar-se nas paixões, desanimar de tudo, desilusões são cruéis, faz você se sentir mal, madrugar em pensamentos,rs.
ResponderExcluirCuidado rapaz, muito amor tira nosso ar e muitas vezes se transforma em ataque cardíaco, rs, mas achei bom, você está evitando firulas e botando só o que interessa, muito bom meu amigo.
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